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14 de fevereiro de 2011

Mosteiro dos Jerónimos - Parte II

 
Portal Sul do Mosteiro
Foto: Nara Franco
O Mosteiro é lindo. Deslumbrante. O lugar mais bonito que vi em Lisboa. Dei sorte pois o dia estava claro, com muito sol, um céu azul fantástico. Cheguei pelo Portal Sul e não há como ficar indiferente à grandeza do lugar.

Construído entre 1516 e 1518 por João de Castilho e seus oficiais, o Mosteiro tem no Portal Sul sua entrada lateral. A figura central deste maravilhoso pórtico é Nossa Senhora de Belém. Nos tímpanos figuram duas cenas da vida de S. Jerónimo – com vestes de cardeal arrancando o espinho da pata do leão e como penitente no deserto. Sobre o tímpano estão representadas as Armas de Portugal. Vale a pena conferir cada detalhe: são incríveis. De um realismo de deixar o queixo caído. Acabei entrando por ali mesmo pois a extensão do mosteiro assusta. 


Comprei a entrada que dá direito a visitar o Mosteiro e a Torre de Belém. O bilhete individual custa 7 euros (só o Mosteiro). Mosteiro + Torre = 10 euros. Indico essa compra casada até para ganhar tempo. Há ainda a opção Mosteiro + Torre + Palácio Nacional da Ajuda que sai a 13 euros. Sempre vale lembrar: maiores de 65 anos pagam metade desse valor, assim como jovens entre 15 e 18 anos acompanhados dos pais. Domingos e feriados até às 14h a entrada é gratuita. 


Entrada comprada hora de começar a visita. Ao entrar no Mosteiro a primeira coisa que se vê é a Igreja Sta. Maria Belém. Linda de viver! Gigantesca, de uma luz maravilhosa. Para quem é arquiteto, mando a seguinte letra (claro que copiada do site do Mosteiro): "A Igreja apresenta uma planta em cruz latina, composta por três naves à mesma altura (igreja salão), reunidas por uma única abóbada polinervada assente em seis pilares de base circular". Sacaram?


Túmulo de Luís de Camões
Foto: Nara Franco
 Logo na entrada, após se recuperar daquele "ooohhhhh" que a igreja causa, você se depara com o túmulo de Vasco da Gama à esquerda e o de Luís de Camões à direita. Eles mesmos. Não diria em carne e osso porque ali não resta nem pó para contar história, mas são os túmulos das duas figuras mais homenageadas de Portugal. Veja bem os detalhes dos túmulos: naus e caravelas no de Vasco e citações literárias no de Camões. 

Ande por toda a igreja contemplando cada detalhe. São muitos. A abóbada do cruzeiro cobre uma largura de 30 metros. No braço esquerdo do transepto estão sepultados os restos mortais do Cardeal-Rei D. Henrique e os dos filhos de D. Manuel I. No braço direito, encontra-se o túmulo do Rei D. Sebastião e dos descendentes de D. João III.

Há ainda o belíssimo altar, o órgão ... É tudo tão grandioso que é difícil não se pegar de boca aberta apreciando as colunas, as imagens sacras e o deslumbramento dos visitantes. Em seguida, aprecie tudo isso do alto, do Coro-Alto da igreja. Este espaço destinou-se as atividades fundamentais dos monges da Ordem de São Jerónimo - orações, cânticos e ofícios religiosos. Além de um cristo crucificado enorme que de certa forma dá até um pouco de medo, vale muito ver nas paredes um conjunto de pinturas representando os apóstolos (só dez pois perderam-se duas telas em 1755, naquele terremoto que praticamente redesenhou Lisboa) e ainda um S. Jerónimo e um Santo Agostinho, todos de autor desconhecido, mas lindos.

Um comentário:

  1. Narinha!
    Acompanho o blog, como não fazê-lo, ó pá? Já está salvo no grupo dos sites de viagens. Será necessaríssimo para a ida a Portugal.

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