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31 de outubro de 2011

A lenda do Galo de Barcelos

Não se interessa se você acha cafona ou que vai joga-lo no fundo de uma gaveta e nunca mais ve-lo ao voltar ao Brasil. Mas ir a Lisboa e não voltar com um Galo de Barcelos na bagagem é como vir ao Rio de Janeiro e não beber um chope. 

O Galo de Barcelos é "o" símbolo português. Você vai encontrar desde imã de geladeiras a canecas, pratos e galinhos mesmo. O meu é uma mistura de Galo de Barcelos com Fernando Pessoa. Um luxo. 

Mas para entender porque o Galo fala à alma dos portugueses, vamos entender um pouco da lenda que fez desse galinho colorido um símbolo nacional. Reza a lenda que os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime. E ninguém sabia quem era o responsável pelos atos. Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo, apesar dos seus juramentos de inocência. O galego estava de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, em cumprimento de uma promessa. Condenado à forca, o homem pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento jantava com alguns amigos. 

O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou: "É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem."

O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo, mas quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz.

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