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7 de abril de 2014

Barcelona em 4 dias

AMO Barcelona. Acho que era catalã em minha última encarnação. Adorei a cidade e recomendo a visita. Apesar de um certo mau humor dos moradores locais no trato com os turistas, nada abala minha paixão pela cidade. 

Como minha irmã está indo para lá (inveja!) e me pediu um roteiro, vou dividir com vocês minhas impressões sobre a capital da Catalunha. Em quatro dias dá para conhecer os principais pontos turísticos da cidade. Mas se quiser ficar mais, aproveite. Barcelona agrada todos os sentidos. É bom de ver, de comer, de beber, de sentir. Uma cidade de cores, gente bonita, comida espetacular e descobertas surpreendentes. 

Como já falei aqui do Parque Güell, vou deixar de fora desse roteiro específico. 

Dia 1 - Passeig de Gràcia e Gaudí

Dependendo de onde você se hospedar, pegue o metrô e desça na estação Catalunya. Ela fica na Plaça de Catalunya, um espécie de centro nervoso de Barcelona. Não é linda de morrer, tem gente saindo pelo ladrão, mas é um ponto central da cidade. El Corte Inglés, a loja de variedades mais conhecida da Espanha está lá. Monumental. Para quem gosta de boas compras, indico a Zara, que tem preços ótimos. Caminhe em direção ao Passeig de Gràcia, a avenida mais chique de Barcelona. 

Uma dica? Procure pela loja da Apple e siga em frente. O Passeig de Gràcia concentra lojas de grife, bons restaurantes e bares. H&M, Adidas, Tommy Hilfeger, entre outros, estão lá. Uma boa pedida é almoçar na avenida. 

Importantíssimo: os espanhóis almoçam até no máximo 14h. Depois desse horário tudo fecha. Fecha mesmo! Então não deixe para almoçar tarde. Em geral os restaurantes cobram um preço fixo por entrada, prato principal, sobremesa e uma taça de vinho. Come-se muito bem por 18 euros, por exemplo. É uma tradição espanhola cujo custo benefício é maravilhoso. Eu fui ao Pomarada (Passeig de Gràcia 78) e comi muito bem. 

Siga pelo Passeig de Grácia até o número 43 e fiquei boquiaberto com a primeira obra de Gaudí que seus olhos irão admirar: a Casa Batlló

Foto: Nara Franco
Dica: nenhuma obra de Gaudí deve ser vista com pressa. São tantos detalhes, que cada local merece um tempo. Vá com calma e aprecie as pirações deste gênio. Meu queixo caiu quando bati o olho na casa. 

Construída entre 194 e 1906, é de uma originalidade ímpar. Tem esse nome porque pertencia a rica família do industrial Josep Batlló i Casanovas, que por ser um cara de vanguarda, resolveu contratar Gaudí para reformar a casa onde morava. O que ele queria era algo sem precedentes na cidade. Claro que conseguiu. 

Se por fora a Batlló é maravilhosa, por dentro é incrível. Recomendo alugar o audioguia para entender os meandros da casa, os detalhes e tudo mais que ela oferece. Para entrar paga-se 21,50 euros. A compra pode ser feita com antecedência aqui. Mas vale gastar esse dinheiro todo? Se a grana estiver apertada e você só puder visitar uma obra de Gaudí, escolha a Sagrada Família. Se der para ir em duas, abra mão de La Pedrera. Eu acho a Batlló imperdível. Pela modernidade, pelas surpresas e pela maravilha que ela é. Funciona de segunda a domingo das 9h as 21h. 

Ah! Com iluminação especial, a casa de destaca na avenida durante à noite. Claro que tem um banquinho bem em frente para o visitante apreciar a fachada da casa. Tire uma bela foto e viaje na louca imaginação de Gaudí. 

Do lado da casa Batlló, tem a casa Amatler, outra jóia da arquitetura catalã. Quando eu fui estava em reforma então não pude aprecia-la devidamente. A casa na verdade é um centro cultural que abriga importantes obras da arte hispânica, desde livros até fotografias. É muito menos ousada que a Batlló, mas lindíssima. 

Siga adiante curtindo as vitrinas e o vai e vem chique de Barcelona. No número 39, para quem se interessar pelo tema, há o museu do perfume. Dependendo do horário, você pode fazer duas coisas: seguir em frente até La Pedrera ou pegar o metrô até a estação Jaume I para conhecer o Museu Picasso.  

Particularmente, acho cansativo ver duas obras de Gaudí no mesmo dia. Elas são grandes, com muitos detalhes e cansativas se você já está esgotado de um grande passeio. Mas, cada um sabe onde dói o calo. Se a sua opção for seguir adiante, bastar caminhar 500 metros. 

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