Translate this blog

26 de março de 2014

Barcelona - Parque Güell

De todos os devaneios do Gaudí, o Parque Güell foi o que menos gostei. Talvez por ter feito uma baita besteira de ter entrado pelo lugar errado depois de ter andado a vida. Foi uma burrice daquelas, porque o parque é grande e sempre que perguntava por ele, alguém respondia: "logo ali". Quando cheguei ao parque estava exausta!

Mas o pior estava por vir: quando enfim cheguei, dei de cara um rapaz se masturbando em pleno ponto turístico!!! Um encontro que durou uns cinco segundos. Horríveis cinco segundos. E eu não estava sozinha! (Graças a Deus). Fiquei horas procurando um guarda para falar do tarado (tinham muitas crianças no parque) e nada. Acredito que tudo isso tenha prejudicado um pouco minha percepção sobre o Güell. 

Foto: Nara Franco
O que não significa dizer que é feio, que não vale a ida. Sim, tem que ir. Mesmo que seja a sua última opção entre as obras de Gaudí. O parque nasceu de um projeto de urbanização da antiga vila de Gràcia. Seu patrocinador foi o mecenas de Gaudí, Eusebi Güell. A ideia original era fazer casas no local, mas das 40 previstas só duas foram construídas. Uma foi ocupada pelo próprio Guadí e a outra é hoje a Casa Museu Gaudí (os pavilhões de abertura como são chamados, como este da foto à direita). 

O arquiteto trabalhou nas obras do parque entre 1900 e 1914. Na verdade, o projeto original foi um fracasso e acabou vendido ao município de Barcelona em 1922. Então virou mesmo um parque onde o visitante tem o privilégio de andar entre obras do genial Gaudí. Em 1984, foi considerado pela UNESCO Patrimônio da Humanidade. A casa da foto foi a residência de Gaudí por 20 anos. Achei o museu modesto para o tamanho do gênio que foi o arquiteto catalão. 

Uma curiosidade: a cruz que vemos no topo da torre na foto não é a original, que foi destruída durante a Guerra Civil Espanhola e substituída por uma cópia que, dizem, não foi muito fiel à original. Tudo ali é cheio de detalhes e segredos que Gaudí foi colocando ao longo dos anos de trabalho. Vale uma visita guiada se você for muito fã de arquitetura. Tem fontes, escadarias, a sala Hipostila, desenhos com mosaicos incríveis, a Praça Oval (de onde se tem uma linda vista de Barcelona) e o famoso banco ondulante. 

Detalhe do banco ondulante
Foto: Nara Franco

São MUITOS detalhes. Então vá com calma, vá duas vezes, escolha um dia de céu azul e bonito, evite horários de pico, não toque no "El Drac", o dragão ou salamandra famosérrimo que recebe os visitantes longo na entrada, leve água e lanche (as coisas podem ter mudado, mas quando eu fui não tinha lanchonetes), use sapatos confortáveis e tenha paciência com os enormes grupos de turistas que frequentam o local. 


Serviço:

Como chegar: Linha 3 do Metrô. Descer na estação LESSEPS e siga as placas (é bem sinalizado). 

De ônibus: linhas 24, 31, 32, H6, 92, ônibus turístico linha AZUL

Desde 25 de outubro de 2013 a entrada DEIXOU DE SER GRATUITA. 

Compre aqui seu ingresso.

É permitida a entrada de cães non parque, então não estranhe. Há banheiros no local. 

Funciona de 8h às 21h. Mas não recomendo ir à noite. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui sua sugestão, foto, comentário ou dica de viagem!