Caminhando pela margem do Tejo após saborear um bom tinto, cheguei à Torre de Belém, terceiro elemento que torna a localidade de Belém (desculpem, mas a repetição foi inevitável) destino certo daqueles que visitam Lisboa. A Torre, que na verdade é quase um forte, é um dos monumentos mais expressivos da cidade (assim como o Padrão dos Descobrimentos). Mesmo sem nunca ter ido lá, certamente você já a conhece de fotos, filmes, revistas, documentários etc.
A primeira coisa que posso dizer sobre a Torre é: lá não há banheiro. A segunda: prepara-se para subir muitas escadas. A terceira: as pessoas eram bem pequenas pelos idos dos séculos passados. Digo isso porque portas e janelas da torre são minúsculas e imaginar soldados tendo de ficar ali de prontidão com aquelas roupas super pesadas ... ui! tive certa claustrofobia.
Lateral da Torre de Belém Foto: Nara Franco |
Comprei a entrada conjunta com o Mosteiro e entrei na Torre fugindo de um grupo de turistas japoneses. Nada contra o pessoal do Oriente, mas queria admirar o monumento sozinha. Para quem não sabe (como eu também não sabia), a Torre de Belém foi classificada como Património Mundial pela UNESCO e eleita uma das Sete maravilhas de Portugal.
Como todo monumento em Lisboa, a Torre foi construída em homenagem a São Vicente de Saragoça, padroeiro da cidade, a fortificação integrava o plano defensivo da barra do rio Tejo projetado à época de João II de Portugal. Andando pela torre e observado a localização de janelas e mirantes, nota-se a ampla visão que se tinha da cidade e a capacidade de protege-la por todos os lados do Tejo. É interessante ouvir o vai e vem das ondas batendo na construção e sua beleza. Fiquei imaginando a umidade e frio pelo qual passavam os soldados portugueses.
A estrutura da Torre só foi iniciada em 1514 sob o reinado de Manuel I de Portugal (1495-1521), tendo como arquiteto Francisco de Arruda. Localizava-se sobre um afloramento rochoso nas águas do rio, em frente à antiga praia de Belém, e destinava-se a substituir a antiga nau artilhada, ancorada naquele trecho, de onde partiam as frotas para as Índias.
Como todo monumento em Lisboa, a Torre foi construída em homenagem a São Vicente de Saragoça, padroeiro da cidade, a fortificação integrava o plano defensivo da barra do rio Tejo projetado à época de João II de Portugal. Andando pela torre e observado a localização de janelas e mirantes, nota-se a ampla visão que se tinha da cidade e a capacidade de protege-la por todos os lados do Tejo. É interessante ouvir o vai e vem das ondas batendo na construção e sua beleza. Fiquei imaginando a umidade e frio pelo qual passavam os soldados portugueses.
A estrutura da Torre só foi iniciada em 1514 sob o reinado de Manuel I de Portugal (1495-1521), tendo como arquiteto Francisco de Arruda. Localizava-se sobre um afloramento rochoso nas águas do rio, em frente à antiga praia de Belém, e destinava-se a substituir a antiga nau artilhada, ancorada naquele trecho, de onde partiam as frotas para as Índias.
Visão do alto da Torre de Belém. Ao fundo, Padrão dos Descobrimentos. Foto: Nara Franco |
Concluída em 1520, seu primeiro alcaide (prefeito) foi Gaspar de Paiva, nomeado para a função no ano seguinte. Com a evolução dos meios de ataque e defesa, a estrutura foi, gradualmente, perdendo sua função defensiva original. Ao longo dos séculos foi utilizada como registro aduaneiro, posto de sinalização telegráfico e farol. Seus paióis foram utilizados como masmorras para presos políticos durante o reinado de Filipe II de Espanha e, mais tarde, por João IV de Portugal.
O grande barato da Torre está em seus detalhes, apesar de ser praticamente uma fortaleza. Em sua decoração exterior encontram-se cordas com nós esculpidas em pedras, torres de vigia em estilo mourisco (que infelizmente encontravam-se mal conservadas) e ameias em formas de escudos da Ordem de Cristo. Não a vi à noite, mas deve ser interessante admira-la iluminada.
Há placas contando a história da torre em todos os pavimentos onde o visita pode circular. Atenção com as escadas que são estreitas e em forma circular. Deu uma certa tonteira ao descer. Detalhe para a figura de um rinoceronte, que hoje mais parece um porquinho, presente em um dos pilares da Torre. Pelo que li no guia, aquela figura foi a primeira representação de um rinoceronte em terras portuguesas.
O interior é mais sombrio e na parte de baixo estão as 16 canhoneiras que protegiam a cidade. Subindo, você passa por cinco pavimentos descritos como:
Há placas contando a história da torre em todos os pavimentos onde o visita pode circular. Atenção com as escadas que são estreitas e em forma circular. Deu uma certa tonteira ao descer. Detalhe para a figura de um rinoceronte, que hoje mais parece um porquinho, presente em um dos pilares da Torre. Pelo que li no guia, aquela figura foi a primeira representação de um rinoceronte em terras portuguesas.
O interior é mais sombrio e na parte de baixo estão as 16 canhoneiras que protegiam a cidade. Subindo, você passa por cinco pavimentos descritos como:
- Primeiro pavimento - Sala do Governador
- Segundo pavimento - Sala dos Reis
- Terceiro pavimento - Sala de Audiências
- Quarto pavimento - Capela
- Quinto pavimento - Terraço da torre
O terrapleno, guarnecido por ameias, constitui uma segunda linha de fogo. Ali está o santuário de Nossa Senhora do Bom Sucesso (foto ao lado) com o Menino, também conhecida como a Virgem do Restelo.
Terminei a vista com as pernas cansadas das escadinhas, mas deslumbrada com a vista que a Torre proporciona. Logo ao lado há o Museu do Exército Português e um simpático e limpíssimo banheiro público mantido por soldados veteranos. Fim de festa em Belém, hora de saborear os famosos pastéis do bairro.
Terminei a vista com as pernas cansadas das escadinhas, mas deslumbrada com a vista que a Torre proporciona. Logo ao lado há o Museu do Exército Português e um simpático e limpíssimo banheiro público mantido por soldados veteranos. Fim de festa em Belém, hora de saborear os famosos pastéis do bairro.
os posts têm sido tão detalhados e cheios de revelações que eu me pergunto se você curtiu a viagem ou foi a trabalho... rs. O pessoal do Ají en Cuba devia ter umas aulas com vc. Sobre a Torre, de tudo o que já foi postado aqui, parece a melhor coisa da viagem... (ao lado da comida)
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