Quando você acha que já viu tudo de bonito no Mosteiro, eis que surge o claustro. Lindo, lindo, lindo ... Tudo bem que o dia claro e de céu muito azul, fez o lugar ganhar ares de filme. Mas, de fato, é maravilhoso (preciso urgentemente de um dicionário de adjetivos!).
Destinado ao isolamento dos monges, é um local sereno, silencioso e muito tranquilo. Projetado por Diogo de Boitaca, que iniciou os trabalhos no começo do século XVI, foi continuado por João de Castilho a partir de 1517 e concluído por Diogo de Torralva entre 1540 e 1541. Segundo li no meu super Guia, o claustro do Mosteiro dos Jerónimos representa um dos monumentos mais significativos da arquitetura manuelina. Quem puder me fornecer mais informações sobre esse fato, agradeço.
Corredor do claustro Foto: Nara Franco |
Como não tenho conhecimento técnico para descrever o que vi, reservei-me o direito de fotografar o claustro até enjoar. Como é todo de pedra, faz um friozinho ainda maior por lá. Mesmo assim, aprecie o local com calma e moderação. Na ala norte do claustro inferior dê uma olhada no túmulo de Fernando Pessoa, da autoria de Lagoa Henriques, construído em 1985. O túmulo não é nada convencional e muito bonito. Formado por uma espécie de pilastra de quatro lados, conta em cada um deles com poemas de autoria de Pessoa. Singelo, mas muito bonito.
Caminhe mais um pouco e descubra o refeitório. Construído entre 1517 e 1518 pelo mestre Leonardo Vaz e seus oficiais, tem como destaque paredes revestidas por um silhar de azulejos de 1780-1785. Portugueses amavam e ainda amam azulejos. Talvez não damos o verdadeiro valor que essas peças têm. Até então eu nunca tinha parado para pensar muito neles até ver esses painéis que representam no topo norte o Milagre da multiplicação dos pães e dos peixes (Novo Testamento) e nas paredes laterais cenas da Vida de José do Egipto (Antigo Testamento).
Sim, amigos e amigas, Lisboa é muito católica.
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