Translate this blog

27 de junho de 2012

Restaurante Regional de Camões (Zé da Serra)

O Porto é uma cidade que combina muito bem o moderno e o tradicional. Em Lisboa não vi tantos jovens com roupas tão diferentes e únicas como vi no Porto. Ao mesmo tempo que você anda em um metrô de superfície silencioso, rápido e moderníssimo, há prédios com mais de uma centena de séculos, igrejas divinas e, claro, as caves de vinho. Mas antes de se aventurar pela cidade, saiba que ao cruzar a Auto Estrada do Norte, você deixa o Porto e chega a Vila Nova de Gaia (algo como Rio e Niterói só que a ponte é pequenina, pequenina). O tal restaurante do Zé Ladrão é, na verdade, o Restaurante Regional de Camões (Zé da Serra). Fecha às 22h. É tradicionalíssimo. Cardápio escrito à mão e tenha paciência porque o sotaque do português do Porto é sofrível. Como o cara só atende gente local, as vezes a comunicação fica complicada.

O endereço é Rua Luís de Camões 580. Chega-se de Metrô, descendo na estação General Torres (linha amarela D). Como eu fui à noite não pude apreciar em sua totalidade a bela vista da ponte uma vez que o metrô é de superfície. Mas repeti o passeio outras vezes. Descendo a estação, pegue a Avenida da República e suba a rua do restaurante. Cuidado para nã passar da porta pois ele é bem simples. 

Comi por lá um bife de vaca (na foto ao lado), como eles falam, de chorar. Maravilhosa. As porções, nem preciso dizer, são gigantescas. Aproveite e tome aqui sua primeira tacinha de Porto. Toda as sobremesas vêm com indicação de qual vinho pedir para combinar com o doce. Este foi quase um programa furado, pois como a estação era de superfície, na volta peguei um frio de rachar esperando o metrô. No Porto venta e venta MUITO. No frio então...

Mas a comida deliciosa e o vinho ajudaram muito. De volta ao hotel, era hora de dormir para o passeio do dia seguinte.

Porto

Como Portugal disse adeus hoje às finais da Eurocopa, decidi rumar para a Terrinha e falar um pouco do Porto, uma cidade muito simpática, pequena, porém belíssima, que, de trem, fica distante apenas duas horas de Lisboa. O Porto, acho que não preciso dizer, é a terra do vinho do Porto e lá não faltarão oportunidades para degusta-lo. 

O site de turismo da cidade é bem completo: http://www.portoturismo.pt. Dê uma boa vasculhada antes de ir à cidade. Apesar de conhecida e ser sempre uma segunda opção a quem vai a Portugal, o Porto é uma cidade pequena, que dorme cedo (pelo menos no inverno), almoça cedo e janta cedo. 

A melhor pedida na hora de chegar é descer na estação de trem do Largo de Campanha, que por si só é belíssima. De lá para o meu hotel (HF Tuela Porto) foram 14 minutos de táxi. A opção do Metrô, que no Porto é de tirar o chapéu e cair o queixo está bem próxima: logo ao lado da estação há o metrô Campanha. 

No primeiro dia fui conhecer a vizinhaça e seguir a dica de uma amiga de jantar no restaurante do Zé Ladrão, segundo ela "onde eu comeria um dos melhores bifes do mundo".

Foto: Nara Franco
Apesar do frio, peguei dias de sol e, como vocês podem ver pela foto ao lado, o céu da cidade é lindo de viver! Esse é um detalhe da Praça de Mousinho de Albuquerque, que fica em Massarelos. Meu hotel ficava a uns cinco minutos da praça, que além de muito bonita, era cercada pelas principais estações de metrô da cidade: Casa da Música e Carolina Michaelis. 

Um detalhe muito importante: o metrô do Porto tem horários bem rígidos. Portanto, as pessoas só aparecem na estação quando o trem está perto de chegar. Não estranhe se descer as escadas e dar de cara com uma estação vazia. Também não há catracas! Fato que me deixou boquiaberta. Moro no Brasil, né gente? Você compra o bilhete na máquina, valida em outro aparelho desses bem parecidos com o dos ônibus do Rio e desce para a estação. Desenvolvimento e civilidade, a gente vê por lá! São muitas as linhas e estações, mas o metrô é muito bem sinalizado. Sempre que você mudar de linha, revalidade o seu bilhete. Não me pergunte o que acontece se não validar pois não tive coragem de pagar esse mico. 

Como sempre, antes de viajar, dê uma olhada no site do Metrô do Porto, que é belíssimo em termos de design. 

25 de junho de 2012

Fale comigo!

Lembrando que Bulhufas pelo Mundo está agora no Twitter: @bulhufasmundo

E mande sua sugestão de viagem, foto, dica de passeio e roubadas para bulhufaspelomundo@gmail.com.

Ainda em Buenos Aires

Navegando pela web, achei um interessante blog sobre Buenos Aires. Nele, o autor elenca cinco pontos turísticos recomendados a todos que visitam à cidade, mas que no fundo, no fundo, são uma furada. Concordo em alguns pontos e discordo de outros. 

Mas antes de chegar aos pontos em si, chamo a atenção para um item importante de Buenos Aires: o metrô. Andar de metrô em Buenos Aires não é difícil, mas também não é fácil. Os mapas são super pequenos dentro das estações, há pouquíssima informação. Sugiro comprar algum mapa em banca ou no hotel. Até mesmo a sinalização na rua sobre as estações, deixa a desejar. Os bilhetes dão direito a duas viagens. As estações são velhas, sujas, mas as linhas cobrem bem a cidade. Da Recoleta a Palermo, por exemplo, são 3 estações e a viagem sai por 2,50 pesos. Muito mais em conta do que os táxis. 

O metrô de Buenos Aires é conhecido como Subte. Antes de viajar, se possível, imprima os mapas das linhas. 

Voltando a matéria que citei no início do post, a lista dos pontos turísticos imperdíveis-porém-roubadas começa com o Caminito. De fato, é um bairro pega-turista. É chato a quantidade de vezes que você vai dizer não para o cara que quer dançar tango com você ou para os caras que ficam na entrada dos restaurantes pedindo para você entrar e saborear uma típica carne argentina. Não sente. Tudo é uma roubada. Mas como não ir a La Boca? Como não ver a Bombonera? Pois é ... Vá ao Caminito, mas vá de dia. O bairro é perigoso e muito distante do centro. E evite os domigos. Para uma coisa, porém, o Caminito é maravilhoso: tem lojas de bugingangas "ótemas"! Com muuuuuitas opções de lembrancinhas.


19 de junho de 2012

Bulhufas pelo mundo no Twitter!

Seguindo a dica de um leitor do blog, criei o Bulhufas pelo mundo no Twitter. Acompanhe as principais notícias sobre viagens em @bulhufasmundo. Não ficarei restrita a meus roteiros, mas procurarei dar no Twitter notícias em geral para que você prepare melhor a sua viagem. 

Siga!

14 de junho de 2012

Cemitério da Recoleta

É o tipo de passeio cheio de curiosidades, mas para poucos. Há quem não goste de conhecer a morada dos mortos locais. Eu gosto. E, vamos lá ... ir a Buenos Aires e não conhecer o Cemitério da Recoleta é como ir ao Rio de Janeiro e não conhecer o Pão de Açúcar. A visita é quase obrigatória. O lugar é lindo. Sério ... Muito lindo. E guarda histórias incríveis. 

Lá estão enterrados ex-presidentes, anônimos, intelectuais e ela, a grande diva argentina, Evita Perón. Não se assuste ao ver durante a visita um enterro. Sim. Ali são enterradas pessoas todos os dias como em todos os cemitérios do mundo. Por isso, há de se fazer a visita em silêncio e de forma respeitosa. A entrada é gratuita, mas guias espalhados entre os túmulos e parados na porta se oferecem para contar as histórias dos mortos mais famosos. Vale uma gorjeta de 2 pesos, por exemplo, para ouvir a incrível saga de Evita Perón, que contarei mais adiante. Ou entender o significado de uma estátua em um túmulo, por exemplo.

O cemitério foi inaugurado em 1822 e passou por duas grades reformas: em 1881 e 2003. Na entrada há uma placa indicando a localização dos túmulos mais famosos, mas ainda assim é difícil acha-los. O cemitério tem ruas estreitas, muitas, e é fácil se perder. Siga um guia e se deixe levar pelas histórias. Note que os caixões são colocados em espécies de mausoléus abertos, onde se vê a foto da pessoa, nome e data da morte. Alguns estão em bom estado e outros nem tanto. Em dias de sol, leve um chapéu, pois sombra é artigo raro por lá. 

Foto: Nara Franco
Os mausoléus são lindos. Os mais grandiosos, como o da foto ao lado, é de um ex-presidente argentino. Há visitas guiadas que podem ser agendadas por agências ou via site do cemitério. Se a maioria dos visitantes vai ao cemitério ver o túmulo de Evita, fica a dica: não fique restrito a Eva, pois seu mausoléo é coletivo, simples. Quando digo coletivo é porque lá estão suas irmãs e outros familiares. Dê um passeio pelas vielas e descubra escritores como Miguel Cané, Oliverio Girondo, atletas, artistas e heróis argentinos. 

O cemitério abre de segunda a domingo das 7h as 17h45. Logo a frente há um lindo parque que nos fins de semana recebe uma interessante feira de artesanato. Logo em frente há bares e restaurante, que são mais voltados para turistas, e alguns hotéis. Só os recomendo se a preguiça for grande ou em dias de muito frio. Caso contrário, siga em frente e explore o bairro. 


11 de junho de 2012

Recoleta

Em minha terceira viagem à Buenos Aires fiquei hospedada na Recoleta. O bairro é mais conhecido pelo cemitério homônimo, onde estão enterrados boa parte dos ilustres argentinos. É uma ótima opção, pois é um bairro central e os preços não são tão altos devido a "idade" de alguns hotéis. É preciso pesquisar. Não espere encontrar pelo bairro hotéis modernos ou badalação. A Recoleta é, basicamente, um bairro residencial. Ali, moram os ricos da cidade. Nota-se um certo ar europeu nas ruas e a arquitetura lembra muito o que se vê no Soho, em Nova Iorque.

Mas, como o bairro é bem grande, você pode encontrar diferentes tipos de paisagens, cores e estilos arquitetônicos. Ah! Já ia me esquecendo ... há um consenso em relação aos hotéis de Buenos Aires no que diz respeito a café da manhã. Não é o forte dos argentinos. Ainda mais se você optar por conhecer Buenos Aires durante feriadões aqui no Brasil. Em geral, o café é bem normalzinho, com poucas variações. Mas, claro, há exceções. 

Minha dica é andar pelo bairro meio sem rumo e descobrir os estilos da Recoleta. Guie-se, por exemplo, por uma das grandes avenidas que cortam o bairro, como a Pueyrredón. Nela, chega-se ao Cemitério, mas também a La Florida ou ao Museu de Belas Artes

Se ficar cansado há uma infinidades de cafés e pequenos bistrôs. O café na Argentina é divino e é comum sentar, pedir um expresso e apreciar a vida sem pressa. Se você tem uma foto legalde Buenos Aires ou da Recoleta, manda pra gente: bulhufaspelomundo@gmail.com.

5 de junho de 2012

Rock in Rio-Buenos Aires




Nunca entendi muito bem esse conceito de Rock in Rio em qualquer lugar, mas como o assunto do blog agora é a Argentina, vou avisando que a edição do festival em Buenos Aires será nos meses de setembro e outubro de 2013. Será a primeira edição do festival no país e acontecerá no Parque de la Ciudad

Atenção para as datas: 27, 28 e 29 de setembro e 4,5 e 6 de outubro. O espaço terá uma área de 180 mil m2 e receberá 100 mil pessoas/dia. As atrações não foram anunciadas, mas até lá, em visita à capital da Argentina, tire um tempo para conhecer o parque que, nos moldes do Rio de Janeiro, terá uma cidade do rock à época do festival. 

O Parque de la Ciudad foi o primeiro grande parque temático construído no país. Está localizado no bairro de Villa Soldati e tem uma área de 120 hectares. No parque, a visita obrigatória é a Torre Espacial de 208 metros de altura. De lá, a vista da cidade é quase que total e bem interessante. 

O parque foi inaugurado em 1982 e conta com uma série de atividades. É um espaço tanto para uma boa caminhada quanto fazer uma visita a biblioteca ou fazer um piquenique. 



Como chegar?

Transporte público: ônibus 101, 114, 143, 150 
                             metrô - estação Parque de la Ciudad

Quem for de carro, o estacionamento tem capacidade para mais de 500 veículos ao custo de 5 pesos. O parque funciona aos sábados, domingos e feriados de 10h30 as 18h30. A entrada custa 3 pesos e menores de cinco anos, assim como maiores de 65, não pagam.

 

2 de junho de 2012

Buenos Aires

Foto: Nara Franco
De Lisboa para Buenos Aires. Meu primeiro post off-Europa será sobre o quintal brasileiro em que se tornou a capital argentina. Brasileiro é como praga: tem sempre um em algum lugar. Eu, particularmente, detesto encontrar brasileiro em viagem, porque fora do Brasil brasileiro fica mais carente, mais falante, mais saudoso, mais chato basicamente. Mas em Buenos Aires é IMPOSSÍVEL fugir aos milhares de brasileiros que lotam bares, hotéis e restaurantes. 
 
Ir à Argentina é um programa barato se comparado aos preço que pagamos para conhecer a Europa, por exemplo. Mas como o Brasil tem hoje um dos custos de vida mais caros do planeta, não temos nem mais como comparar se algo é caro ou barato na terra de Gardel. 
 
A crise econômica argentina torna tudo mais fácil. Mas é sempre bom ter cuidado e não exagerar. A inflação por lá anda salgada!
 
Se você não gosta de frio, Janeiro é um bom mês para conhecer a cidade. O clima é seco, faz calor, mas nada que se compare ao calor úmido do Rio de Janeiro, por exemplo. De noite fica bem fresquinho. Aconselhável levar um casaco. 
 
Buenos Aires é a capital, bem como a maior e mais importante cidade da Argentina, sendo a segunda maior área metropolitana da América do Sul, depois da Grande São Paulo. Apesar disso, não tem ares de uma cidade dura ou cinza como a capital paulista. Buenos Aires conta com muitos parques, ruas largas e poucos carros se compararmos com as cidades brasileiras. 
 
Está localizada na costa oriental do Rio da Prata e é um distrito federal autônomo. Chega-se a Buenos Aires pelo Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, mais comumente conhecido por Aeroporto Internacional de Ezeiza, ou simplesmente Ezeiza. É um lindo aeroporto, recém-reformado e com um free shop dos deuses. Não preciso dizer que os brasileiros piram ali, né?
 
Ezeiza fica 35 quilômetros de centro da capital argentina e minha recomendação é que você não ecoomize e vá de táxi até a capital. Até a Recoleta, por exemplo, são 40 minutos. A corrida é salgada, em torno de 100 dólares, mas procure os terminais dentro do aeroporto para pegar o táxi e já saia com a corrida paga e com recibo na mão. Os táxis que ficam na porta do aeroporto não são considerados tão honestos, digamos assim. 
 
Informações úteis:
- A taxa de embarque para passageiros de vôos internacionais que partem do Aeroporto de Ezeiza é de US$ 41,50, enquanto a taxa de embarque doméstico é de $15,50 + IVA. 
 
- As Aerolíneas Argentinas tem seu próprio terminal com 24 balcões de check-in.TAM e Gol também contam com vôos diretos para a capital argentina.

Mudamos!

Pois é, amigos. Mudamos. Agora somos globalizados. Nada de ficar restritos à Lisboa. Bulhufas é do mundo! Vou dividir com vocês todas as minhas viagens e tentar ajuda-los a programar uma ida a qualquer um desses lugares que conheço.

Em breve teremos um twitter para uma maior interação entre os viajantes da blogosfera e para que possamos trocar mais idéias sobre os lugares que visitamos. 

Espero receber a sua dica, o seu roteiro, uma foto de algum lugar que você tenha conhecido por aqui. 

:)