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31 de agosto de 2011

Centro Comercial Vasco da Gama

Depois da burrice monumental de chegar a um lugar como o Parque das Nações às 17h, tive que entregar os pontos e partir para o shopping que fica entre a Estação Oriente e o Parque em sim. O Centro Comercial Vasco da Gama é bem moderno, todo em vidro, super limpo e no frio que fazia, bem aconchegante. Confesso que este foi o único shopping que vi em toda a cidade. O que para mim é um luxo pois detesto shoppings. Não sou muito de comprar. Ainda mais em Euro!

Centro Comercial Vasco da Gama
Foto: Nara Franco
Aos leitores que curtem umas comprinhas vou ficar devendo dicas. Mas como a passagem até o Parque passa necessariamente pelo shopping, se você estiver de bobeira ou quiser tomar um café, não custa dar uma olhada nas vitrines. Tem a Zara, FNAC, Nike, umas lojas de decoração locais com produtos lindíssimos, cinemas e praça de alimentação. 

Como estava faminta depois de um dia inteiro perambulando pela cidade, fugi da praça de alimentação e corri para o segundo piso onde há pubs e cervejarias. Escolhi a Portugália. Passava um jogo na TV, fazia um frio besta, só havia uns quatro clientes no bar, mas foi ali mesmo que estiquei as canelas. Pedi logo uma Sagres, a cerveja local. Desceu linda. De entrada tremoços. Como prato principal, Bacalhau com grelos salteados. 

Confesso que o susto foi grande, mas o garçom - brasileiro explicou exatamente o que era. Aesra de toda aquela cara de que ia dar errado, deu certo. O bacalhau estava divinho, diviníssimo. Dele falarei no próximo post. 

2 de agosto de 2011

Estação Oriente

Foto: Nara Franco



Todo turista tem um dia de extrema burrice durante uma viagem. Em geral, você come no pior restaurante pelo maior preço ou anda horrores para chegar a um lugar péssimo. O meu, claro, não poderia ter sido diferente. Saí do Museu do Azulejo toda crente. Meu próximo destino era o Parque das Nações, que no guia dizia ser assim .. impensável não ir. Pelo adiantado da hora imaginei que daria tempo. Afinal, o Parque era uma espécie de conglomerado de atividades. 

Depois de horas tentando entender qual ônibus pegar, subi no que achei ser o certo. Na verdade, era o certo. Mas o que eu andei. Nossa .. acho que peguei o pior circular de todos os tempos. Contei tantos pontos e ficava rezando para a bolota maior que dizia "Oriente" chegasse mais rápido. Por um lado, tentando ser bem otimista, passei por uma Lisboa que não vemos nos guias. Uma Lisboa sem paisagem, quase como uma Barra da Tijuca. Muitos prédios residenciais, pouco comércio, algumas escolas. Falando nelas, aguentei diversos adolescentes no ônibus. Fui compartilhando com eles seus cabelos estranhos e sotaque complicado para falar aos berros de assuntos passavam pelo professor, a aula, o tênis ... Portanto, amigos, evitem essa burrice. Do museu, voltem para o Centro ou explorem mais à região. Nada de cruzar a cidade. 

Resultado: cheguei ao parque por volta das 17h e encontrei tudo fechado. Sendo mais precisa, cheguei a Estação Oriente, essa aí da foto. Olhando para ela, que mais parece uma baleia, até que todo aquele trajeto não foi de todo ruim. A estação é linda, super moderna e enorme. É o ponto de confluência de toda a rede de transportes públicos que serve à zona oriental da cidade. Dali partem ônibus, trens e táxis, para todos os lados e direções. 

Shopping Vasco da Gama
Foto: Nara Franco
Pela arquitetura da estação, projetada pelo espanhol Santiago Calatrava e inaugurada em 1998, você logo vai notar que não está mais naquela Lisboa dos panos pendurados nas janelas e ladeiras. Essa é a parte moderna de Lisboa, com arranha-céus e auto-estradas. Saindo da estação você dá de cara com o Shopping Vasco da Gama e logo atrás dele está o famoso Parque das Nações. 

A revitalização do local se deu justamente pela construção do Parque e de um evento chamado Expo98. Mas deles falaremos adiante.

#ficaadica

Do Rossio, por exemplo, até o Parque das Nações não tem erro: pegue a linha vermelha e salte na estação Oriente. Isso se estivermos falando do Metrô. Viajando para Sintra ou Porto há também uma parada por lá. 

1 de agosto de 2011

Capela dita de D. Leonor

Voltando ao Museu Nacional do Azulejo depois de alguns posts onde falei de detalhes do Rossio, quero indicar especificamente uma visita a Capela Dita de D.Leonor ou Convento da Madre de Deus. Mesmo que você não curta azulejos, vale pagar e entrar para ver esse tesouro.

Um pouco de história: a fundação do Convento da Madre de Deus, no sítio de Xabregas, ficou a dever-se à vontade da Rainha D. Leonor (1458-1525) em construir um mosteiro dedicado, na sua origem, a Nossa Senhora dos Prazeres, para albergar freiras clarissas. 


Do traçado original do primeiro edifício do convento da Madre de Deus, permaneceu, no interior, uma sala com teto de alfarge (termo árabe que designa teto de madeira lavrado) emoldurado por um cordão.

D. Leonor fundou, em 1509, este conjunto monástico que pertencia à Casa da Rainha.
D. João III ordenou uma segunda remodelação, incumbindo o arquiteto Diogo de Torralva  uma nova igreja de maiores dimensões (1550), correspondente à atual, convertendo-se a velha igreja em Casa do Capítulo. Estas obras arrastaram-se até finais do século XVI.


O lugar é pequeno, mas lindo. Há altares como esse da foto, onde vemos Santo Antonio, misturando elementos barrocos emoldurados por grandes painéis de azulejo. Simplesmente deslumbrante. Durante o século XVII, a nave e a capela-mor foram decoradas por vários pintores, entre os quais se inclui André Gonçalves, autor de várias telas e também da pintura a óleo sobre tela do arco triunfal.

Entre 1698 e 1707, os pintores holandeses Jan van Oort e Willem van der Kloet produziram os painéis de azulejo da nave e da capela-mor. Fortemente danificado pelo terramoto de 1755, o altar-mor foi redesenhado por Felix Adauto da Cunha, conforme encomenda do rei D. José I.

Mesmo que tudo seja irrelevante diante da beleza do lugar, o importante é se deixar levar pelo clima silencioso do local, que mistura pintura, azulejos, trabalhos em madeira. Tudo de extremos bom gosto. Fim do passeio é hora de saborear um café ou comprar um mimo na loja de souvernir do museu, cujos preços são um pouco salgados. 



Source: [http://www.museumwnf.org/baroqueart/database_item.php?id=monument;BAR;pt;Mon11;2;pt&cp
]

Grandes questões da humanidade

Foto: Nara Franco

Sabe que até hoje não entendo o que significa esse aviso no Elevador da Bica. Oito na subida e dois na descida .. ou seja ... não sei .. Lanço o desafio a meus fiéis leitores que, conhecedores do funcionamento desse transporte tão popular em Lisboa, me ajudem a decifrar esse mistério.

E mesmo que seja para subir ou descer daqui pralí, andem nos elevadores, que não verdade variam entre elevadores de verdade e planos inclinados.