Portugal não é um país para quem está de dieta. Por mais que se tente, é impossível virar o rosto às tentações que pipocam a todo instante em padarias repletas de doces e guloseimas em suas vitrines. Eu, amante de doces com ovos, tive que sugerar ímpetos e vontades para não ceder a cada docinho pós-almoço ou jantar. A vantagem é que com tantas escadinhas e ladeiras, Lisboa é quase uma academia a céu aberto, onde o que se come, se gasta.
Dizer o que, né? |
É de perder o fôlego mesmo. No entanto, o doce mais famoso, que os portugueses comem como lanche da tarde acompanhado de um café ou chá, é o Pastel de Belém. Desde 1837, a Pastéis de Belém (Rua de Belém nº84 a 92) coloca nos estabelecimentos comerciais lisboetas dezenas, centenas e milhares de docinhos para deleite de turistas e "nativos".
Há também quem se arrisque a sentar no local e apreciar o doce "in loco". Ou mesmo no balcão. Sugiro que você sente sem pressa, beba um chá ou café com leite e peça ao menos dois. Cada um custa 90 cêntimos. O local tem clima de casa para turista, mas não se deixe impressionar. É coisa de turista mesmo. Deixe a vergonha de lado, tire fotos, faça a festa pois esse passeio é como sentar em um bom boteco carioca e beber um chope.
Além de misto de lanchonete e padaria, a Pastéis de Belém é também a fábrica onde os doces são produzidos. No site, cujo link está no título, há um vídeo onde se vê como são fabricados os pastéis. Os números são impressionantes: ali são produzidos todos os dias aproximadamente 30 mil pastéis, que abastecem diversos pontos da cidade.
Acessando o site há a história do doce que surgiu ali do lado no Mosteiro dos Jerónimos. Se o estômago ainda aguentar, prove o Bolo Inglês ou o Bolo Rei - outro carro-chefe da casa.